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quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

DEUS O NOSSO PAI CELESTIAL

DEUS O NOSSO PAI CELESTIAL
Mt.6:24-36
INTRODUÇÃO - Algumas divindades do mundo pagão rece­beram, também, o nome de Pai. Zeus Pater é exemplo deste fato. A plenitude desta relação da divinda­de com o mundo e com os homens s6 é encontrada, de fato, no Evan­gelho de Jesus Cristo, Nenhuma religião ou sistema religioso chegou a compreender e a expressar, ple­namente, o caráter essencial da paternidade de Deus, especialmente no que concerne às relações de Deus com o homem como indiví­duo. Tratando de Deus como nosso Pai Celestial, a lição de hoje nos coloca diante de uma das mais en­cantadoras e consoladoras doutri­nas da religião que Cristo revelou.
I - DEUS É NOSSO PAI E CRIADOR
1. Segundo as Escrituras Sagradas, o universo procede das mãos onipotentes de Deus. Deixan­do de lado qualquer preocupação no sentido de demonstrar a existência de Deus, o Autor sagrado ­aceitando a existência de Deus co­mo máxima, isto é, como verdade que dispensa prova ou verificação, começa afirmando que Deus, no princípio, "criou os Céus e a terra" (Gn 1.1). Assim, como Pai, Deus é Criador. A nossa fé cristã nos leva a aceitar naturalmente a declaração simples; porém firme e categórica do Gênesis: "No princípio criou Deus os céus e a terra." A fidedig­nidade que as Escrituras Sagradas nos merecem, nos autoriza a crer que a verdadeira ciência jamais po­derá abstrair de Deus, simples­mente porque ela não tem o poder criador do Deus que se revela na Bíblia.
2. Referindo-se à origem do universo, o Autor da Carta aos He­breus declara: "Pela fé entendemos que foi o universo formado pela palavra de Deus, de maneira que o visível veio a existir das cousas que não aparecem." Se temos de crer nas explicações variadas e, muitas vezes, contraditórias que a Ciência, até agora, tem dado a respeito da origem do universo, creiamos, en­tão, na Bíblia, porque crer por crer, é muito mais conveniente seguro e sensato crer em Deus do que nos homens. Revendo e modificando suas conclusões periodicamente, a Ciência rejeita hoje o que afirmou ontem e recusará amanhã aquilo que hoje sustenta como verdade. A Bíblia, no entanto, que nos fala do Deus Criador, tem permanecido a através dos séculos.
3, Deus, segundo as Escri­turas, lançou os fundamentos da terra, marcou os limites dos mares, conhece, só Ele, os caminhos da orada da luz. Sabe onde é o lugar das trevas, controla os caminhos dos relâmpagos e dos trovões e estabelece as influências dos céus sobre a terra. As passagens da bíblia revelam: Jó 38 e 39 - Pv 8.29 e 30.4 - Is 45.1 -12. O Criador que se revela na Bíblia não deu origem apenas ao universo e, dentro deste, ao mundo em que vivemos, mas também, estabeleceu as leis que governam a vida, tanto as que vêem o mundo físico e biológico, como as que condicionam o mundo espiritual e moral. Tais leis - exatas como são, fazem pressupor, atrás de si, como sua causa primeira, a existência de poderosa personali­dade, infinitamente sábia e eminentemente soberana em sua vonta­de.


II - DEUS É NOSSO PAI, E SUSTENTADOR
1. Deus nos é apresentado por Jesus Cristo. Como o Pai solicito­ que, no seu amor e sabedoria, providencia não só o alimento das aves e a roupagem bela e multi-variedade das flores, mas, também, e alimento, os recursos e meios subsistência para os seus filhos, dos superiores às aves e as flores. Normalmente, Deus age pelos meios naturais, benefícios homens através dos frutos da terra e das próprias obras que eles mesmos produzem. Em circunstâncias especiais, no entanto como aconteceu com o povo de Israel. Ele age de maneira também especial, valendo-se de recursos que, em grande abundância e variedade, estão à sua disposição e sujeitos ao seu poder.
2. O nosso Pai Celestial conta com a fidelidade dos seus fi­lhos para operar maravilhas no mundo dos nossos dias. A ansieda­de pelo dia de amanhã  tão co­mum nos gentios que vivem sem esperança, martiriza a muitos chamados filhos de Deus. É que, teoricamente, esperam em Deus, mas, praticamente, agem como se Deus não existisse, como se nunca o tivessem conhecido. Na teoria, servem a Deus, na prática, porém, servem às riquezas, isto é, servem ao presente século, com todo o imenso cortejo de insegurança que ele nos proporciona. Os verdadei­ros filhos de Deus gozam de tran­qüilidade interior e de plena segu­rança, não pondo o seu coração naque­les bens que não perecem, que a traça e a ferrugem não consomem e que os ladrões não podem roubar.
3. Jerônimo disse: "O Senhor não condenou aquele que tem riquezas, mas àquele que serve às riquezas; o que é servo das ri­quezas guarda-as como servo; o que, porém, é Senhor delas, as dis­tribui como Senhor." Desgraçada­mente, a maioria dos cristãos, em nossos dias negando a sua filiação divina, concorre ativa ou passi­vamente para a perpetração de in­justiças que clamam aos céus. A or­dem econômica que, hoje, dá as cartas na sociedade moderna, res­sente-se profundamente da falta de orientação e influência cristãs e, por isto, o que deveria ser fonte de bênçãos, tornou-se fonte de amarguras e de cruéis conflitos para o mundo e para os homens. É tempo, aliás, já estamos muito atrasados! de, como filhos de Deus, nos levantar­mos para protestar contra as injustiças  que assolam o nosso Brasil, também, e com vee­mência.
III – O DEUS PAI MANIFESTA O SEU AMOR AOS SEUS FILHOS
1. A essência da paternidade de Deus se revela na sua relação com o Filho eterno nosso Senhor Jesus Cristo. “Este é o meu Filho o amado, em quem me com prazo” (Mt 3.17). Estas mesmas palavras se repetem na cena da transfiguração (Mt 17.5). Este amor de Deus, o Pai, pelo Filho eterno, se estendeu ao homem, e, como o homem não po­de ter com o Pai Celestial o mesmo tipo de relação que há entre Ele e o Filho, o homem obtém a sua filia­ção por meio da adoção, isto é, Deus, em Cristo, o adota como filho. Assim, pela redenção que a graça de Deus lhe oferece em Cristo, o homem passa a ser co-herdeiro de Deus (Rm 8.17), com parte na he­rança da vida eterna. Como filho de Deus por adoção em Jesus Cristo, o homem passará a ser guiado pelo Espírito de Deus (Rm 8.14), e, nestas condi­ções, é ele libertado do império das trevas e transportado para o reino do Filho do amor de Deus (Cl. 1.13), passando a fazer parte da família de Deus (Ef 3.14-21). Portanto, a rela­ção do filho adotivo com o Pai Celes­tial não é relação de natureza, mas de graça. Este filho adotivo, que goza os benefícios da redenção, não po­de servir a dois senhores e, tam­bém, não pode viver em função daqueles bens materiais que lhe são conferidos para administrar. Sua preocupação primordial, em razão de sua filiação divina, é buscar pri­meiro o reino de Deus e a sua justi­ça.

2. Os males do mundo que resultam fundamentalmente do egoísmo humano. São conseqüên­cia do desespero do homem, obce­cado pela idéia de reunir, acumular e guardar riquezas, visando à segu­rança do dia de amanhã. Aos que agem desta maneira, Jesus diz: "louco, esta noite te pedirão a sua alma; e o que tens preparado, para quem será?" (Lc 12.20). Sim, os bens acumulados, tirados crimi­nosamente da circulação lícita, dei­xam de beneficiar a sociedade, transformando-se em causa real de desespero para muitas e muitas famílias. Os que, dizendo-se cristãos, agem como o avarento da parábola; estão negando a sua filia­ção divina e não estão em hipótese alguma, correspondendo ao amor do Pai celestial que lhes confiou bens para ser administrados.
CONCLUSÃO

Se somos filhos de Deus de fato; nossa vida, neste mundo, deve revelar, de mo­do objetivo e concreto, a nossa filia­ção divina. Certo pastor, dirigindo-se a um grupo de rapazes que co­mentavam a prisão de alguns co­munistas, disse-lhes: "Se os cris­tãos agissem como tais, a polícia estaria prendendo cristãos e não comunistas." Como é triste o fato de muitos cristãos estarem agindo como filhos das trevas e não como filhos de Deus! Leia-se Jo 8.41.
Igreja Presbiteriana de Conservatória
Rua Oswaldo Fonseca nº57 – Centro Conservatória
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Pastor Rev. Fernando Antonio da Costa



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